O congelamento de óvulos e de embriões são duas formas de preservar a fertilidade do casal. No entanto, existem bastante diferenças entre os dois procedimentos, por isso é preciso entender as necessidades do paciente para definir qual a melhor estratégia para os pacientes.
Continue lendo este texto para entender a diferença entre os dois procedimentos.
Congelamento de óvulos ou de embriões?
Tanto o congelamento de óvulos quanto o de embriões são procedimentos muito utilizados para preservar a fertilidade. No entanto, apesar das duas técnicas possuírem processos similares, cada um possui o seu próprio objetivo.
O congelamento de óvulos é um processo em que os gametas femininos são coletados e congelados. Esses óvulos podem ser utilizados no futuro na realização de uma fertilização in vitro (FIV), em que os óvulos são descongelados e em seguida fertilizados em laboratórios, gerando embriões que são transferidos para o útero da mulher. Vale destacar que os óvulos são propriedade da mulher e ela pode usá-los com ou sem um parceiro, no caso de gestação solo com o uso de espermas doados.
Em contrapartida, o congelamento de embriões é um procedimento em que os óvulos fecundados com espermatozoides em laboratório são cultivados por cerca de 5 a 6 dias e depois os embriões que se desenvolveram são congelados e guardados.
Neste caso os óvulos pertencem ao casal. Eles podem ser usados no futuro durante o procedimento da FIV para gerar o tão sonhado bebê.
Então apesar de muitas pessoas acreditarem que os dois procedimentos são similares, cada um tem a sua particularidade. Abaixo eu vou te responder quando cada um é indicado.
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Congelamento de embriões
O congelamento de embriões pode gerar bastante dúvida, especialmente nas mulheres que ficam em dúvida se devem congelar óvulos ou embriões.
É importante destacar que o congelamento de embriões é indicado para casais que possuem um relacionamento estável e precisam adiar a gestação por questões pessoais ou de saúde.
Podemos citar como exemplo um casal que realizou a FIV e teve embriões excedentes que podem ser congelados para uma nova FIV no futuro. Além disso, o procedimento pode ser realizado caso precise adiar a transferência embrionária por risco de algum problema de saúde, como infecção uterina.
O congelamento de embriões também é indicado para casais que desejam realizar um diagnóstico genético pré-implantacional (PGD). O exame objetiva analisar os embriões antes da transferência para detectar alterações cromossômicas ou genéticas que podem comprometer a saúde do bebê.
Congelamento de óvulos
O congelamento de óvulos é indicado para mulheres que querem adiar a maternidade por razões pessoais, como decidir focar na carreira, mas que desejam preservar a sua fertilidade para engravidar no futuro.
Essa preservação é importante porque tanto a qualidade quanto a quantidade dos óvulos reduzem com o passar dos anos, o que diminui as chances de uma gravidez natural ou com técnicas de reprodução assistida.
Também é preciso destacar que o congelamento de óvulos também pode ser recomendado para as mulheres que realizaram procedimentos que podem afetar a reserva ovariana, como quimioterapia. Nesses casos, o congelamento deve ser feito antes de iniciar o tratamento.
Como citado anteriormente, uma das vantagens do congelamento de óvulos é que ele dá maior autonomia para a mulher. Isso porque a paciente pode decidir quando e com quem ela quer filhos. No momento do congelamento, ela não precisa ter um parceiro ou parceira, então quando ela desejar engravidar ela pode escolher realizar a fertilização com o sêmen do parceiro ou do banco de doação.
Procure um especialista
Os processos de congelamento de óvulos e de embriões são duas opções seguras para preservar a fertilidade. No entanto, você precisa buscar ajuda de um médico especialista em reprodução humana para definir qual a melhor técnica para você.
Essa definição deve ser feita após uma avaliação individualizada que considerará fatores como idade da mulher, qualidade dos gametas, estado civil e objetivo reprodutivo.
Além disso, é importante investigar as condições clínicas e as expectativas de cada paciente/casal. Apenas dessa forma será possível definir a melhor estratégia.