A fertilidade humana é um tema cercado por muitos mitos e equívocos. Crenças populares podem levar a concepções errôneas sobre a capacidade de engravidar, tanto em homens como em mulheres. Neste artigo, desmistificaremos alguns dos mitos mais comuns relacionados à fertilidade, fornecendo informações precisas e baseadas em evidências científicas. Vamos explorar equívocos como “as mulheres são sempre totalmente férteis até a menopausa”, “a infertilidade é apenas um problema feminino” e “o estresse não afeta a capacidade de conceber”.
- Mito: As mulheres são sempre totalmente férteis até a menopausa. Realidade: Embora seja verdade que as mulheres são mais férteis durante seus anos reprodutivos, a capacidade de conceber diminui à medida que envelhecem. A menopausa marca o fim da menstruação e da ovulação, ocorrendo geralmente entre os 45 e 55 anos. Antes disso, a fertilidade já começa a declinar gradualmente, com uma queda acentuada após os 35 anos. A qualidade dos óvulos também diminui com a idade, o que aumenta o risco de problemas de fertilidade e de anomalias genéticas nos embriões.
- Mito: A infertilidade é apenas um problema feminino. Realidade: Embora seja verdade que questões relacionadas à fertilidade feminina sejam mais visíveis e discutidas, a infertilidade pode afetar tanto homens como mulheres. Estima-se que cerca de metade dos casos de infertilidade tenham origem masculina ou sejam causados por fatores masculinos. Problemas como baixa contagem de espermatozoides, má motilidade ou anormalidades na morfologia dos espermatozoides podem dificultar a concepção. É importante realizar avaliações de fertilidade em ambos os parceiros para obter um diagnóstico abrangente.
- Mito: O estresse não afeta a capacidade de conceber. Realidade: O estresse crônico pode afetar negativamente a fertilidade tanto em homens como em mulheres. Altos níveis de estresse podem interferir no equilíbrio hormonal, afetar a ovulação e reduzir a contagem e a qualidade dos espermatozoides. Além disso, o estresse pode impactar a libido e prejudicar a intimidade do casal. Portanto, é essencial gerenciar o estresse e adotar estratégias de relaxamento, como exercícios de respiração, meditação e terapia, para melhorar as chances de concepção.
- Mito: Ter relações sexuais frequentes aumenta as chances de engravidar. Realidade: Embora seja importante ter relações sexuais regularmente para maximizar as chances de concepção, não é necessariamente verdade que mais sexo resulte em maior fertilidade. A fertilidade está mais relacionada ao momento correto das relações sexuais, que deve ocorrer durante o período fértil da mulher. Isso geralmente envolve ter relações próximas à ovulação, que ocorre cerca de 12 a 24 horas após a liberação do óvulo. Conhecer o ciclo menstrual da mulher e utilizar métodos de monitoramento da ovulação pode ser útil para identificar o momento mais propício para conceber.
- Mito: A posição sexual durante o sexo pode influenciar a fertilidade. Realidade: A posição sexual durante o ato não tem impacto direto na fertilidade. A concepção ocorre quando o esperma é introduzido no trato reprodutivo feminino e fertiliza o óvulo. A posição não afeta a capacidade dos espermatozoides de alcançarem o óvulo. O que realmente importa é a presença de espermatozoides saudáveis no momento adequado do ciclo menstrual da mulher. Portanto, escolha posições que sejam confortáveis e prazerosas para o casal, em vez de se preocupar com a influência na fertilidade.
- Mito: O uso prolongado de contraceptivos orais causa infertilidade. Realidade: O uso de contraceptivos orais não causa infertilidade a longo prazo. Os contraceptivos orais funcionam inibindo a ovulação e tornando o ambiente uterino menos propício para a implantação de um embrião. Quando uma mulher decide parar de usar contraceptivos orais, geralmente sua fertilidade retorna ao normal dentro de alguns meses. Se houver preocupações persistentes sobre a fertilidade após a suspensão do uso de contraceptivos, é recomendável consultar um médico especialista em reprodução humana.
- Mito: Apenas casais com problemas de fertilidade precisam buscar ajuda médica. Realidade: Mesmo casais que não têm problemas aparentes de fertilidade podem enfrentar dificuldades para conceber. O fato de não engravidar após um período de tentativas regulares pode indicar a necessidade de uma avaliação médica. Um especialista em reprodução humana pode realizar exames e testes para identificar possíveis problemas e fornecer orientações adequadas. É melhor buscar ajuda o quanto antes, pois o tratamento precoce pode aumentar as chances de sucesso.
A fertilidade humana é um assunto complexo e rodeado por mitos e equívocos. Desmistificar essas crenças populares é essencial para que as pessoas tenham uma compreensão correta sobre suas chances de engravidar. É importante lembrar que a fertilidade é influenciada por diversos fatores, tanto em homens como em mulheres, e que a idade, a saúde geral, o estilo de vida e outros aspectos podem desempenhar um papel significativo. Ao buscar informações precisas e baseadas em evidências científicas, os casais podem tomar decisões informadas e buscar ajuda especializada quando necessário, visando alcançar o sonho de ter um filho.